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Sumérios: Os Pais da Escrita e a Semente da Caligrafia que Encanta Até Hoje

  • Helena Fiks
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura
caligrafia sum

Sumérios e a caligrafia

Antes de existirem convites de casamento caligrafados à mão, canetas tinteiro ou papéis nobres, existiram tábuas de argila e símbolos gravados com estiletes. É impossível falar de caligrafia — ou de qualquer forma de escrita feita à mão — sem voltar mais de 5 mil anos e reconhecer o povo que mudou a história: os Sumérios

Como nasceu a escrita suméria- Sumérios e a caligrafia

Os Sumérios viveram na antiga Mesopotâmia, onde hoje é o sul do Iraque. Ali, por volta de 3.500 a.C., surgiu a escrita cuneiforme, chamada assim porque era feita com pequenos traços em forma de cunha, gravados em tábuas de argila fresca.

No início, essa escrita tinha um objetivo prático: registrar comércio, colheitas, impostos, leis. Mas logo os escribas sumérios perceberam que cada traço contava mais do que números — contava histórias, decretos, lendas, orações.

O escriba: antepassado do calígrafo

Na Mesopotâmia, ser escriba era profissão de prestígio. Eram homens (e algumas mulheres) treinados desde cedo para dominar cada traço. O cuidado com a forma dos símbolos, a precisão no alinhamento e a clareza na leitura eram qualidades indispensáveis — qualidades que ecoam até hoje no trabalho de quem escreve à mão, como eu faço nos convites de casamento e place cards.

Por que isso importa hoje?

A escrita suméria plantou a semente de tudo que veio depois: alfabetos, livros, contratos, cartas, convites. Cada envelope caligrafado que entrego carrega, ainda que discretamente, um elo com esses primeiros traços feitos na argila.

Mais do que letras bonitas, a caligrafia feita à mão mantém viva a essência de um gesto que começou com os Sumérios: registrar momentos importantes com cuidado, beleza e significado.

Da argila ao convite: um legado que atravessa milênios

Hoje, na minha rotina como calígrafa em São Paulo, escrevo nomes em papéis finos, com tintas especiais, para marcar ocasiões únicas. Mas em cada curva da minha pena existe um sopro de história — uma homenagem silenciosa a esses povos que, há milênios, entenderam que a forma de escrever é tão importante quanto o que se escreve.

 
 
 

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